Em homenagem ao "Poeta dos Escravos" CASTRO ALVES
que nasceu nesta data
Uma Poesia no dia da poesia para você que está lendo este blog
REFÚGIO
Na amplidão do Cerrado
há vergeis de cumplicidades...
E neste cismar bucólico eu rogo:
Abriga-me ó cabana
sob o seu teto de palha
convida-me a entrar
no recinto de sua cimplicidade
Pois cansei-me do urbano
e não tenho pousada
Uma rede calma e sonhadora
para o descanso meu
E sob uma colcha de retalho
entre estrelas e pirilampos
adormecer feliz
Pois cansei-me do urbano
e ja não tenho ilusões
Uma chaleira preta de ferro
água ferfilhante em cima do fogão
para preparar um chá quentinho
e saciar minha sede de paz
Pois cansei-me do urbano
e a violência me apavora
Um passeio verdejante
no galope de um "manga larga"
ou na carroça de boi
que pasteiam florencências
em caminhos naturais.
Banhar-me nua, no riacho que passa
murmurejante de pureza
Pois cansei-me do urbano
e não tenho pousada nem ilusões
a violência me apavora
e a minha alma está sofrida
Abriga-me pois, ó Cabana
e sob o seu teto, protegei a minha Vida
Sagramor Farias
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