A vida me obriga ao recolhimento
Algo me impulsiona para a melodia
Que se deve ouvir sozinha...
É hora de refletir, fazer a contabilidade
Que nunca foi feita.
Sangro com todas as situações
Dói-me a alma e tudo acontece:
Reflexões convulsivas
Contrações uterinas, dores pós parto...
Como não sangrar neste estágio probatório?
Como não sofrer, diante de surpresas
Descoloridas da vida?...
Fortaleço o meu entardecer com orações
Tiro da minha vida todas as máculas
Os acúmulos que pesam na minha alma
E registro um futuro próximo
Cheio de lírios, avencas e miosótis.
Uma força inexplicável me ajuda
A consumar o que não me é mais sustentável
E vou ao encontro daquilo que me reserva
As sentinelas, os pequenos avisos
Para que não mais se repita folhagens migratórias
Ausentes da sustentável clorofila.
Então, escuto no meu silêncio
A música sublimada da paz
A música sublimada da paz
Minha alma fica pluma, leve de algodão
É a presença de Deus em minha vida, amém!
(sagramor farias)
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